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Bem vindo ao blog do projeto PIBID.

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Viva essa experiência.

25/06/2010

Estranhos no Ninho e seus Efeitos

ESTRANHOS NO NINHO E SEUS EFEITOS


·        Derivados do enxofre

O enxofre é um elemento químico encontrado na Terra em suas rochas mais internas, na crosta sólida, nos oceanos e nas águas superficiais ou subterrâneas. Decorrente dessa abundância, o enxofre aparece na atmosfera na forma de vários compostos.
O derivado do enxofre mais encontrado na atmosfera é o dióxido de enxofre (SO2), que pode surgir de atividades naturais e antropogênicas.
As erupções vulcânicas correspondem a mais potente fonte desse gás. Outras fontes deste gás são as combustões de materiais como a hulha (gás de pedra), derivados do petróleo, biomassa vegetal, etc.
Entre os efeitos nocivos deste gás na atmosfera estão o odor sufocante e a irritação que causa às mucosas dos olhos e do aparelho respiratório.

O sulfeto de hidrogênio (H2S), também um derivado do enxofre, é o responsável pelo odor desagradável do enxofre, que é o cheiro do ovo podre. Sua origem provém da decomposição da matéria orgânica existente em certos solos, sedimentos de rios e lagos, pântanos e até mesmo em oceanos por meio de bactérias anaeróbias.
Na atmosfera o H2S sofre ações químicas e fotoquímicas transformando-se no dióxido de enxofre (SO2).
Os mercaptanos são compostos orgânicos que suas fórmulas trazem um grupo orgânico, no lugar de um dos átomos de hidrogênio do sulfeto de hidrogênio. O composto mais simples dessa classe é o metil mercaptano (CH3SH) que possui cheiro desagradável. Sua presença no ar também produz irritações nos olhos e no aparelho respiratório.
Outro composto do enxofre é o dióxido de enxofre (SO2) que se oxida na atmosfera passando a trióxido de enxofre (SO3). Esse composto apresenta grande afinidade pela água, que aos poucos se transforma em ácido sulfúrico (H2SO4) que sendo líquido, assume a forma de pequenas gotas, gerando um tênue nevoeiro.

·        Os poucos notados derivados do nitrogênio
Na atmosfera seca e limpa  cerca de 80% do volume da mistura gasosa é de nitrogênio (N2) e 20 % do volume da mistura é o gás oxigênio (O2).
O monóxido de nitrogênio (NO) é produzido naturalmente pela ação de descargas elétricas durante tempestades. Alguns microrganismos do solo, ao agirem sobre a matéria orgânica também podem dar origem ao NO, que passa então à atmosfera, mas a maior fonte deste gás para a atmosfera é a combustão de derivados de petróleo em motores de explosão.
O dióxido de nitrogênio (NO2) está entre os componentes estranhos da atmosfera mais importantes, é o responsável por efeitos poluentes nocivos, principalmente nas porções da atmosfera que ficam sobre os grandes centros urbanos. Seus efeitos poluentes causam sérios danos para a vida em geral e em particular para a saúde humana.
Vários caminhos, ou reações químicas, conduzem à transformação do monóxido de nitrogênio (NO) a dióxido de nitrogênio (NO2), e todos eles envolvem direta ou indiretamente o gás oxigênio (O2) ou sua forma alotrópica, o ozônio (O3).
A presença de componentes estranhos na atmosfera (principalmente óxidos de nitrogênio, por exemplo, o NO2 e de enxofre, por exemplo, o SO2) pode ocasionar a dissolução desses compostos nas águas pluviais, que passam a conter quantidades por vezes acentuadas de ácido nítrico (HNO3) e ácido sulfúrico (H2SO4). Essa presença leva o pH das águas pluviais a valores muito baixos, caracterizando-se mais um aspecto nocivo da poluição atmosférica: as chuvas ácidas.
A amônia (NH3) é encontrada na atmosfera em quantidades muito pequenas. Esta substância é produzida da fermentação de materiais orgânicos e, em certas regiões rurais, de transformações provocadas por microrganismos em fertilizantes como os sais de amônio e a uréia.

·        Hidrocarbonetos
Os hidrocarbonetos são as substâncias orgânicas constituídas somente por átomos de carbono e hidrogênio, apresentam substâncias de extrema importância para a vida e a tecnologia.
O mais simples hidrocarboneto é o metano (CH4), que é um gás produzido nos pântanos, por fermentação da matéria orgânica dos sedimentos. Constatou-se que o gás metano (CH4) é o segundo componente atmosférico responsável pelo “efeito estufa”. Os aterros sanitários também são fonte de gás metano para a atmosfera.
Interessante fonte deste gás são aquelas associadas ao metabolismo de certos animais. É o caso dos mamíferos ruminantes (gado bovino, carneiro, etc.) em cujos gases do aparelho digestivo há uma alta proporção de metano.
Cerca de 60% da emissão de metano no mundo é produto da ação humana. Essa emissão tem origem na agricultura, com grande destaque para a rizicultura, e na criação de bovinos.

·        Óxidos de Carbono
Não mais da classe dos hidrocarbonetos, estão os gases monóxido de carbono (CO) e o dióxido de carbono (CO2) que também estão relacionados aos motores de explosão de veículos.
O dióxido de carbono (CO2) é considerado um componente normal da atmosfera terrestre. Porém, no ar sobre uma cidade, o teor deste gás costuma ser mais elevado, em decorrência das atividades do homem.
A presença deste gás na atmosfera resulta principalmente do fenômeno denominado “combustão”, que é uma reação química, acompanhada pela produção de luz e calor, na qual participa o oxigênio (O2). Se o material combustível for o carbono ou contiver este elemento, pode ocorrer a formação de gás carbônico que é incorporado à atmosfera terrestre. Alguns exemplos de combustão são a queima da madeira, queimadas de vegetação, queima de carvão sob as mais variadas formas, queima de gasolina, óleo diesel, álcool hidratado (etanol) e gás liquefeito de petróleo (GLP). Outra fonte de gás carbônico (CO2) atmosférico é a respiração de vegetais e animais.
O Monóxido de Carbono (CO) é um gás derivado da queima incompleta de combustíveis fósseis. Este gás é inflamável,  incolor e inodoro (não possui cheiro) e altamente tóxico. Inalado em pequenas quantidades pode causar dores de cabeça, lentidão de raciocínio, problemas de visão, redução da capacidade de aprendizagem e perda de habilidade manual. Em quantidades maiores pode levar o indivíduo a morte por asfixia. Se inalado, o monóxido de carbono (CO) chega aos pulmões e pode se combinar com as moléculas de hemoglobina nas células vermelhas do sangue.  Quando a maior parte da hemoglobina existente é bloqueada pelo monóxido de carbono (CO), forma-se a Carboxi-hemoglobina, assim não há mais o transporte de oxigênio e dióxido de carbono, consequentemente o resultado pode ser a morte.

·        Aldeídos
Os aldeídos são substâncias orgânicas de fórmula geral:



Fórmula geral dos aldeídos


A utilização de motores a álcool de explosão comum, o etanol (CH3CH2OH) e com a prática de adicionar este álcool à gasolina para melhorar seu desempenho, algumas substâncias da classe dos aldeídos são eliminadas para a atmosfera terrestre, sendo o metanal ou formaldeído (CH2O).  O odor deste aldeído pode ser detectado no momento da partida dos carros à alcool.
Os aldeídos podem ser responsáveis por irritações nas mucosas, princilpalmente nos olhos.
Você sabia que: Quando as pessoas tem um consumo exagerado de bebidas alcoólicas, o fígado filtra o álcool e manda para a corrente sanguínea um aldeído. Ele é responsável por causar aquela dor de cabeça insuportável, a famosa ressaca.

·        Ozônio
O gás ozônio (O3) também é um estranho no ninho na atmosfera terrestre. Esta substância é uma das formas alotrópicas do gás oxigênio (O2). Ambos, O2 e O3, são substâncias simples com 2 e 3 átomos de oxigênio na molécula, respectivamente.
A união entre os átomos de oxigênio na molécula do gás pode ser rompida, levando, ocasionalmente, à formação de moléculas de ozônio. Este processo envolve o consumo de energia que pode ser fornecida por um tipo específico de radiação solar: radiação ultravioleta.
A quantidade de ozônio na atmosfera terrestre é pequena, sendo que ele apresenta maiores concentrações na estratosfera, especialmente nas altitudes entre 20 e 50 km. Sua importância está em seu ciclo, pois acontece na estratosfera, e absorve a radiação solar que chega ao nosso planeta.  Uma propriedade importante é a purificação de águas e do ar.
Uma preocupação e uma conscientização praticamente mundial voltada para a preservação ambiental, têm suscitado normas e leis restritivas às emissões de gases e outros materiais poluidores do meio ambiente.
Mas a lei por si só não basta, é necessária a conscientização de que a atmosfera é um bem comum e que a ninguém cabe o direito de alterar a sua qualidade.
O desenvolvimento tecnológico e a consciência das pessoas poderão influir no sentido de reduzir a emissão de materiais nocivos.